sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Turismo rural e promoção da Agroecologia são temas de painel durante seminários em Porto Alegre

A programação desta quinta-feira (27) dos Seminários Estadual e Internacional sobre Agroecologia - eventos realizados na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre - contou com o painel "Processos organizativos de promoção da Agroecologia", em que foram apresentadas experiências em turismo rural.
O casal de franceses Aude Berthomé e Antoine Vidal apresentou o projeto Caminar&Cozinhar, em que se propõem a percorrer diversos países da América Latina, como Bolívia, Peru, Chile e Brasil, para apresentar receitas típicas de cada região. “A culinária destes países é ainda desconhecida em boa parte da Europa”, explicou Aude, ao justificar a escolha da América Latina para o projeto. Conforme Antoine, a iniciativa está baseada no tripé “comer bem”, “comer gostoso” e “comer junto”, e busca promover e valorizar os costumes alimentares dos locais visitados.
Durante as viagens, em troca de hospedagem, o casal ajuda nas tarefas das propriedades e repassa conhecimentos culinários. Além disso, eles promovem oficinas em que ensinam crianças a cozinhar e a dar valor aos alimentos locais. Para Antoine, o projeto que desenvolve está diretamente relacionado aos princípios da Agroecologia, pois “trabalha o respeito do homem à natureza, com consciência dos impactos de suas ações ao meio ambiente”.
Outra experiência apresentada foi o projeto Acolhida na Colônia, que envolve 180 famílias de agricultores, de cinco regiões de Santa Catarina. A proposta, conforme a agricultora Luzia Cuzuk, do Sítio Vida Nova, é valorizar o modo de vida no campo, através do agroturismo ecológico. “Queremos manter a essência da agricultura familiar através do turismo rural e preservar os valores e as tradições que estão se perdendo”, afirma Luzia, explicando que o visitante pode acompanhar todo o processo de transformação do leite em queijo.
O Acolhida na Colônia também tem um caráter social, conforme Luzia, pois ajuda a manter os jovens no campo e desenvolve um trabalho de alfabetização dos agricultores. Surgido na França, o projeto chegou ao Brasil em 1999 e está presente, atualmente, em 32 países.
Texto: Júlio Fiori
Postado por:Elisete Bohrer

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