quarta-feira, 5 de novembro de 2014

PF investiga maior fraude contra Caixa Econômica Federal

Foram recolhidos documentos, computadores, três veículos e cerca de R$ 12 mil
A Polícia Federal (PF) anunciou nesta quarta-feira que a fraude cometida contra a Caixa Econômica Federal (CEF) no Rio Grande do Sul, com prejuízo superior a R$ 22 milhões, foi o maior golpe que o órgão investigou contra a instituição financeira. A operação Rolagem cumpriu 13 mandados de condução coercitiva e outros nove mandados de busca e apreensão em Canoas, Estância Velha, Porto Alegre e Novo Hamburgo. Houve o recolhimento de documentos, computadores, três veículos e cerca de R$ 12 mil em dinheiro.
O esquema, envolvendo o ex-gerente de uma agência bancária e de um correspondente da CEF, ambos em Porto Alegre, consistia na utilização dos nomes de cerca de 70 empresas para abrir contas e depois empréstimos, mediante emprego de documentos falsos, com valores entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, junto à CEF. O dinheiro era sacado imediatamente ou transferido em sucessivas contas de seis grupos de empresas inadimplentes, em nomes de procuradores, ou de pessoas usadas como “laranjas”. As contas abertas acabavam sendo fechadas, deixando o prejuízo à CEF. Mais de 50 pessoas estão sendo investigadas.
A delegada Viviane Becker não descartou que em torno de 80% das cerca de 70 empresas, cujos nomes foram usados para a obtenção de empréstimos, estejam envolvidas ativamente no esquema ao invés de terem sido vítimas. Muitas dessas empresas, observou, podem ter sido criadas como “fachadas”. Ela confirmou que foram determinadas judicialmente medidas constritivas de arresto e sequestro de bens imóveis e veículos dos suspeitos.
No entanto, as contas bancárias dos investigados estavam zeradas, levantando a suspeita de que o dinheiro obtido no esquema encontra-se em nome de terceiros. “Há indícios de lavagem de dinheiro”, revelou. Além de crime contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, os envolvidos devem ser indiciados por estelionato e formação de quadrilha. “As investigações vão prosseguir”, assegurou a delegada.
As investigações começaram em fevereiro deste ano após a CEF ter repassado informações de um possível golpe em andamento. Segundo a delegada Viviane Becker, a prática do esquema durante o trabalho investigativo foi constatada entre julho de 2012 e novembro de 2013, quando o então gerente foi demitido após procedimento disciplinar. Descumprindo regras básicas de concessão dos empréstimos, ele dava o aval à liberação do dinheiro. Há suspeita de que ele e o correspondente da CEF, cujo papel era de intermediário com os estelionatários, recebiam uma comissão por cada operação de crédito aprovada.
Fonte:Correio do Povo
Postado por:Elisete Bohrer

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